Introdução à Teologia

Ementa

A disciplina Introdução à Teologia tem como objetivo apresentar, com fundamento nas Escrituras e fidelidade à tradição reformada, uma introdução ao estudo das ciências teológicas, sua natureza, fontes, métodos e objetivos.

Objetivos

• Aprender os aspectos conceituais das ciências teológicas, seus objetivos principais e áreas de concentração, com ênfase na abordagem de múltiplas perspectivas em Teologia, tanto acadêmica quanto vivencial, com o fim de auxiliar o aluno na construção de uma teologia ortodoxa, ortoprática e ortopática;
• Aprender a valorizar a unidade da Teologia Cristã em torno das doutrinas fundamentais do Cristianismo Histórico e reconhecer a diversidade das tradições cristãs e suas específicas tendências na reflexão teológica, com ênfase na Teologia Reformada, suas origens e desenvolvimentos históricos, tendências e distintivos doutrinários.
• Aprender a necessidade da autorrevelação de Deus, como pressuposto epistemológico imprescindível da Teologia, reconhecendo-a nas formas da Revelação Geral e da Revelação Especial, em seus respectivos meios, conteúdos e propósitos, demonstrando suas interconexões, tanto por sua sobreposição como pela necessidade de ambas na construção teológica, priorizando-se as Escrituras do Antigo e do Novo Testamentos, como revelação verbal proposicional, inspirada e inerrante de Deus, e a única fonte teológica de escopo soteriológico, com o propósito de ajudar o aluno a pensar teologicamente a partir da autorrevelação de Deus, na dependência da ação iluminadora e doadora de fé do Espírito Santo, e a construir sua teologia mediante o “triálogo” entre a exegese das Escrituras, a interação com a comunidade cristã do passado e do presente, e a sua experiência cristã diária.
• Aprender sobre a relação entre a autoridade bíblica e a autoridade eclesiástica na construção teológica nos principais períodos do Cristianismo, com o objetivo de obter um entendimento correto da inspiração, da inerrância, da clareza e da suficiência das Escrituras na reflexão teológica a serviço da Igreja: no Catolicismo Romano Medieval, em sua negligência dos aspectos humanos da Bíblia e sua hermenêutica polivalente, que resultou na obscuridade da Bíblia e na supremacia da tradição eclesiástica; no Protestantismo Antigo, em seu resgate dos aspectos humanos da Bíblia e sua ênfase no sensus literalis em sua hermenêutica univalente, restaurando a confiança na clareza da Escritura e seu lugar como autoridade absoluta na Teologia e na Igreja; e no Protestantismo Contemporâneo, em seu exagero dos aspectos humanos da Bíblia e sua hermenêutica polivalente, que resultou na obscuridade da Bíblia e na supremacia da Razão, em detrimento da Revelação Verbal, como se vê na Teologia Moderna.